sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Um futuro para o Titanzinho




Da vontade de ajudar o Titanzinho e mostrar ao mundo os talentos vindos de suas ondas, nasceu uma ideia. Conheça o Instituto Povo do Mar.

Por Fernando Maluf

A praia do Titanzinho, em Fortaleza-CE, é um verdadeiro celeiro de talentos. De suas ondas perfeitas já saíram nomes como Pablo Paulino, Tita Tavares, Fábio Silva, Messias Félix, entre outros. Porém, o bairro chamado Cais do Porto (foto acima), onde fica o Titanzinho, é conhecido pela situação de pobreza e descaso social a que foi relegado. Dos cerca de 30 mil habitantes, estima-se que apenas metade seja alfabetizada. A região é marcada pela violência e pelo crescente uso de drogas entre as crianças, especialmente o crack.

Contra a corrente

Os surfistas Aldemir Calunga, Paulo Vasconcelos, Henrique Marinho e Paulo Montenegro não nasceram no Titanzinho, mas criaram há muito tempo uma relação especial com as ondas e com o lugar. Diante do agravamento dos problemas a que está sujeita a comunidade, os quatro se uniram para construir algo de positivo. Da ideia deles surgiu o IPOM, Instituto Povo do Mar, uma ONG com objetivo de auxiliar e melhorar as condições de vida dos moradores do Cais do Porto.

“No começo, a nossa ideia era só o surf, mas pegamos gosto pela coisa e começamos então a trabalhar em tudo que fosse possível para ajudar a população,”

afirmou Henrique, diretor executivo e de desenvolvimento da ONG. Funcionando desde agosto de 2010, o IPOM começou o seu trabalho oferecendo às crianças da comunidade aulas de surf, principal atividade de lazer do bairro. “Os profissionais são ídolos das crianças. Eles querem ser iguais ao Pablo Paulino, à Tita, se inspiram neles”, continua Henrique. Sediado junto a uma associação de moradores, o centro do IPOM agora oferece à comunidade também aulas de artes plásticas e música. Além dessas duas atividades, mais consolidadas, em breve as 120 crianças atendidas pelo IPOM também terão acesso a outros projetos, como o surfista digital, com aulas de informática, e a oficina de shapes.

A ONG não tem patrocinadores fixos e até agora vem se mantendo basicamente com o apoio de doações de empresas privadas, ou mesmo de amigos, parentes e familiares. Saiba mais sobre o IPOM acessando IpomPovodoMar.com.br.

Fonte: Revista Hardcore

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